terça-feira, 18 de novembro de 2014

FELISBERTO FREIRE

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FELISBERTO  FREIRE
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Felisberto Firmo de Oliveira Freire, mais conhecido como Felisberto Freire, médico, historiador, jornalista e político sergipano, nasceu em 30 de janeiro de 1858, em Itaporanga  D´ Ajuda, sendo seus pais Felisberto Firpo de Oliveira Freire e Rosa do Amarante Góes Freire.
 
Iniciou os estudos preparatórios em Aracaju, onde foi um dos alunos mais distinguidos do Atheneu Sergipense. Os referidos preparatórios tiveram prosseguimento na capital baiana.

Ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia e foi por ela diplomado no dia 11 de janeiro de 1882, ocasião em que defendeu tese sobre “Aspectos Clínicos da Cirrose Hepática”.
Formado, exerceu a profissão em Laranjeiras e nessa cidade iniciou suas atividades de médico clínico, historiador, jornalista e notável homem de letras.

Seu livro “História de Sergipe” é uma obra clássica, de leitura obrigatória para todos os historiadores.

Abolicionista convicto, fundou o “Clube Republicano” de Laranjeiras e, por ocasião da proclamação da República, assumiu o governo do Estado de Sergipe.

No governo de Floriano Peixoto, foi Ministro da Fazenda e, em seguida, Ministro das Relações Exteriores.

Sócio honorário do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil e sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e do Instituto Arqueológico de Pernambuco.

Deputado Federal em várias legislaturas.
Colaborador de vários periódicos de Laranjeiras, Aracaju e Rio de Janeiro.

Dentre suas obras, além da “História de Sergipe”, destacamos “Fragmentos Históricos”, “Colonização de Sergipe, de 1590 a 1600”, “História da Cidade do Rio de Janeiro” , “História Territorial de Sergipe”, “História do Banco do Brasil” e “Origens da Cidade de Maroim”.
Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 7 de maio de 1916.

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PREFÁCIO DO LIVRO  “HISTÓRIA DE SERGIPE”

Tornar Sergipe conhecido do país e do estrangeiro foi a causa que me levou a escrever sua história. Em um período, como o que atravessamos, em que o espírito de iniciativa levanta-se em todas as direções, compreendi e compreendi muito bem que a indiferença que têm votado a Sergipe, não só os governos do regime decaído, como os historiadores nacionais, contribuiu poderosamente para o atraso em que tem ele permanecido. A fertilidade de seu solo, o caráter pacífico de seus laboriosos habitantes,suas excelentes condições climáticas, deviam assegurar-lhe maior prosperidade, que não existe. Faltou a interferência de uma instituição patriótica. Suas naturais riquezas foram desprezadas, pela falta de uma propaganda.Além disto, sua influência histórica, na civilização do Norte, é muito maior do que geralmente supôe-se. Os históriadores nacionais têm cometido a grande falta de esquecerem sua história, e não descrevem essa influência, donde grandes lacunas que se nota na explicação dos fatos. Com exceção do Frei Vicente do Salvador que lhe dedica um ou dois capítulos em sua História do Brasil, todos os outros historiadores nenhuma página dedicam-lhe. Entretanto, não se pode contestar que a  razão de muitos fatos vai o historiador encontrar em sua história.Não só facilitou Sergipe as comunicações entre Bahia e Pernambuco, como pela abundante criação do gado prestou inovidável serviço à vitória do português contra os holandês, contribuindo para que não se desmembrasse o território da grande pátria brasileira. Seu território serviu de ponto de pousada do exército emancipador, e o primeiro grito de revolução contra os holandeses foi levantado nas margens do rio Real. O leitor convencer-se-á da importância de sua história, pela leitura deste pequeno trabalho. Bem sei que a tarefa que tomei a mim esta muito além de minhas forças.Sem o recurso de obras já escritas sobre Sergipe, tendo necessidade de um trabalho paciente e longo na busca de manuscritos e documentos, em seus cartórios e arquivos, compreende-se que me foi preciso muito trabalhar, para oferecer ao público esta modesta obra.As dificuldades com que lutei, em seis anos de pesquisas, foram inúmeras, e muitas vezes, confesso-o quis desistir do meu plano. E se não fora o auxilio e animação de amigos, por certo não levaria avante meu projeto.E peço permissão para aqui registrar seus nomes, como uma prova de sincero agradecimento: João Ribeiro, Capistrano de Abreu, Dr. João de Oliveira, José Ladislau Pereira da Silva, Baltazar Góes, Josino de Menezes, Eugênio José de Lima, Dr. João José do Monte, a cujo concurso devo a publicação deste livro, e outros. Saliento principalmente o nome do ilustrado professor João Ribeiro, a cujo invejável talento e atividade devo grande parte dos materiais que reuni.
Antes que a crítica aponte os defeitos de meu pequeno trabalho, eu deles tenho plena consciência. Meus recursos não me permitiram fazer coisa melhor.Além disto, sendo o primeiro trabalho no gênero, contra o que antolharam-se dificuldades de toda ordem, não podia sair isento de defeitos.Será para mim motivo de contentamento, se ele fornecer alguma auxílio a quem, com mais competência de que eu queira escrever a História de Sergipe.Isto para mim é bastante.

Rio, 6 de fevereiro de 1891Felisbelo Freire



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