sábado, 15 de novembro de 2014

TOBIAS BARRETO








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Tobias Barreto de Meneses filósofo, poeta, crítico e jurista brasileiro, nasceu na Vila de Campos do Rio Real (hoje Tobias Barreto), em 7 de junho de 1839, sendo seu pai Pedro Barreto de Meneses.

Estudou as primeiras letras com o professor Manuel Joaquim de Oliveira Campos, e latim com o padre Domingos Quirino. Dedicou-se com tal afinco aos estudos que, em pouco tempo, passou a ter alunos particulares em Itabaiana. 

Em 1861, foi para a capital baiana com o intuito de freqüentar o seminário mas não prestou os exames e retornou à cidade natal. Dali partiu com destino a Pernambuco  onde, para sobreviver, deu aulas particulares de diversas matérias e prestou concurso para a cadeira de latim, no Ginásio Pernambucano. Não conseguiu a  nomeação. Prestou novo concurso, agora para a cadeira de Filosofia, no mesmo estabelecimento. Aprovado em primeiro lugar, foi preterido por outro candidato.

Dedicou-se ao estudo de alemão, à leitura dos evolucionistas estrangeiros (notadamente Ernest Haeckel) e à poesia. Como poeta competiu com Antônio de Castro Alves, a quem superou, por ter maior cultura.

Tornou-se um orador capaz de debater qualquer assunto. Estudou Filosofia e publicou “Thomás de Aquino”, “Teologia e Teodicéia não são Ciências” , “Jules Simon” e  outros trabalhos de igual valor.

Casou-se com a filha de um coronal do interior, proprietário de um engenho de açúcar em Escada, ingressou na Faculdade de Direito do Recife e foi eleito para a Assembléia Provincial. Como político, pouco prosperou.

Aprofundou seus conhecimentos de alemão e leu no original os grandes ensaístas germânicos, sobretudo Haeckel e Buechner. A obra “Deutscher Kampfer”, originou “Estudos Alemães”, importante trabalho de difusão de suas idéias  germanófilas. Este trabalho foi duramente criticado por tratar-se,  segundo alguns, de simples paráfrase de autores alemães.

Viveu na cidade de Escada por cerca de dez anos. Durante este período escreveu   “Fundamentos do Direito de Punir”, fundou o periódico “Deutscher Kampfer” (em português, “Lutador Alemão”) e criou  as bases do movimento intelectual que deflagrou no país. Este movimento teve por lastro o monismo e o evolucionismo europeu e pretendeu derrubar a influência francesa no Brasil.

Depois, voltou para o Recife. Pobre e doente, ficou confinado em sua residência. Pensou em ir à Europa para recuperar a saúde mas, não conseguindo recurso financeiro,  abandonou o intento. Os amigos, através de subscrição pública, tentaram levantar recursos, mas não conseguiram. Pouco antes de morrer,  escreveu a Sílvio Romero, solicitando auxílio.

Faleceu no Recife, em 27 de junho de 1889.

Tobias Barreto é o fundador do condoreirismo na poesia brasileira e é  patrono da cadeira 38 da Academia Brasileira de Letras.

Sua bibliografia consta das seguintes obras:

Prosa:
Ensaios e estudos de filosofia e crítica (1875)
Brasilien, wie es ist (1876)
Ensaio de pré-história da literatura alemã, Filosofia e crítica, Estudos alemães (1879)
Dias e Noites (1881)
Menores e loucos (1884)
Discursos (1887)
Polêmicas (1901)

Poesia:
Que Mimo (1874)
O Gênio da Humanidade (1866)
A Escravidão (1868)
Amar (1866)
Glosa (1864)


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