JOSÉ RODRIGUES DA COSTA DÓRIA
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José Rodrigues da Costa Dória nasceu
em Propriá, a 25 de junho de 1859, sendo seus pais Gustavo Rodrigues da Costa e
Maria Soledade Costa Dória.
Fez os preparatórios no Ateneu de
Aracaju, nos anos de 1875 a 1876.
Em 1877, matriculou-se na
Faculdade de Medicina da Bahia, pela qual recebeu o grau de doutor em Medicina
em 16 de dezembro de 1882.
Concluído o curso médico, instalou-se
na cidade de Laranjeiras, onde exerceu a clínica, de 1883 a 1885.
De Laranjeiras seguiu para a
Salvador, a fim de concorrer ao cargo de Professor Adjunto da cadeira de
Medicina Legal e Toxologia. Aprovado em primeiro lugar, foi nomeado em fins de
1885. Em 1888, prestou concurso para a
cadeira de Patologia Médica, vaga pela morte do Prof. Demétrio Tourinho. Em 1891, foi nomeado substituto da
2ª Seção da referida Faculdade.
No mesmo ano, organizando-se a
Faculdade Livre de Direito, foi convidado para ocupar a cadeira de Medicina
Legal.
Em 1892 foi nomeado lente
catedrático da cadeira de Botânica e Zoologia Médicas, da Faculdade de Medicina
da Bahia.
Em 1895 foi eleito conselheiro
municipal da cidade do Salvador, cargo que ocupou até 1899.
Em 30 de dezembro de 1897 foi
eleito deputado federal por Sergipe, sendo reeleito em varais outras
legislaturas.
Em 30 de julho de 1908 foi eleito
Presidente de Sergipe.
Em 1911 e 1913, esteve em visita
à Europa. Durante esse período escreveu para o “Diário da Bahia”, uma série de
cartas intitulada “De Paris”.
Pertenceu a várias instituições
culturais e científicas, dentre as quais destacamos o Instituto Histórico e
Geográfico de Sergipe, o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia e a Academia Nacional de Medicina.
Participou de congressos
nacionais e internacionais,
representando o Governo de Sergipe, a Faculdade de Direito da Bahia e outras
instituições.
De sua vasta bibliografia,
destacamos teses, artigos, discursos,
memórias, conferências e opúsculos sobre assuntos diversos.
José Rodrigues da Costa Dória é
considerado “homem de grande lucidez, inteligência privilegiada e acentuada
cultura profissional (3).
Faleceu em Salvador, no dia 14 de
fevereiro de 1938.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
1.Guaraná, Armindo – Dicionário Bibliográfico Sergipano. Aracaju, 1926.
2.Freire de Carvalho, José Eduardo – Notícia Histórica sobre a Faculdade de
Medicina da Bahia. Salvador, 1909.
3.Sá Oliveira, Eduardo de – Memória Histórica da Faculdade de Medicina da Bahia,
concernente ao ano de 1942. Salvador, 1992.
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(Blog Archive – Disponível em http://gazetadepropria.blogspot.com.br/.Acesso em 21 de novembro de 2014)
Eleito em 30-7-1908, José
Rodrigues da Costa Dória, foi empossado em 24-10-1908, no mesmo ano em que foram
instalados em Aracaju, os bondes puxados a burros.
Esclarecido e independente, não
patrocinou ambições menores. Oi médico em Laranjeiras, de 1883 a 1885. De onde
saiu para ser professor da Faculdade de
Medicina da Bahia e, igualmente, da
Faculdade Livre de Direito da Bahia.
Foi, a partir de 1897, deputado
federal atuante e corajoso, mesmo com o país em “estado de sitio”
O melhor trabalho de Rodrigues
Dória é o referente ao uso da maconha em Propriá. Este trabalho, publicado em 1915,
hoje clássico, marca o ponto inicial das pesquisas brasileiras a respeito do
assunto” segundo suas declarações ao jornal carioca “A Noite”, em 21-8-1935, “foram
os escravos que trouxeram o,,vicio da maconha”. Rodrigues Dória participou em
Washington. do Segundo Congresso Cientifico Pan-Americano quando tratou do uso da
maconha, e seus males. Ao “Jornal de Sergipe”,
de Aracaju, afirmou, em 4 de setembro de 1935::“desde criança vi fumar a erva
em Própria. A excitação determinada pelo vício desperta, muitas vezes, a veia
poética de alguns e outras vezes provoca
rixas, brigas, pancadaria, e intervenção da policia”
Durante seu governo, José
Rodrigues da Costa Dória determinou que o Tesouro do Estado, por falta absoluta
de dinheiro e de credito, suspendesse todo e qualquer pagamento, inclusive a
ele próprio. Ficou, durante meses, sem a remuneração.
A Rodrigues Dória
devemos a construção da estrada de ferro Propriá/Timbõ e o Serviço de
Identificação Datiloscópica, bem como a exigência de concurso para preenchimento
dos cargos de magistério e da tesouro.
À professora Isabel Giudice Lima,
de Lagoa Vermelha (Boquim), que deseja, no ultimo período de gravidez, 90 dias
de licença, emitiu o seguinte despacho: “Concedo a licença sem vencimento,
visto que não constitúi moléstia o estado da suplicante, nem situação
independente da sua vontade”
O Presidente Rodrigues Dória não
fechou os olhos e os ouvidos às criticas, nem considera o adversário como inimigo. Ele teve, contudo, inimigos passionais, intolerantes,
como foi o caso de Gilberto Amado, deputado federal, eleito
em 1915. O desentendimento, segundo o “Jornal do Povo”, edição de 17/01/1915,
foi motivado pelo seguinte: Rodrigues Dória, quando Presidente de Sergipe, nomeou
Gilberto Amado para a Escola Normal de
Aracaju mas, como Gilberto Amado foi morar em Recife, Rodrigues Dória suspendeu
o pagamento de seus vencimentos. Dois anos depois, Gilberto Amado requereu o
pagamento mas o Presidente indeferiu
a a petição,
muito obrigado pelo post! Estive pesquisando sobre ele, pois elva o nome da minha escola!
ResponderExcluirEscola Estadual Rodrigues Dorea! Muito obrigado!